
Pesquisas e escritas contemporâneas: dialogando com a pluralidade de vozes.
ISBN 978-85-7993-603-6
Autor/Organizadores: Cláudia Fuchs; Ivan Luís Schwengber; Jenerton Arlan Schütz;
Leandro Mayer
Prefácio
O escrever é o princípio da pesquisa, tanto no sentido de por onde deve ela iniciar sem perda de tempos, quanto no sentido de que é o escrever que a desenvolve, conduz, disciplina e faz fecunda‛ (Mario Osorio Marques).
A coletânea Pesquisas e escritas contemporâneas: dialogando com a pluralidade de vozes, dialoga com a heterogeneidade e a diversidade de enfoques e perspectivas teóricas e metodológicas.
Os artigos que compõem esta obra abordam diferentes olhares sobre a pesquisa, a escrita e as metodologias, num movimento que assume tensionamentos locais, regionais, nacionais e mundiais, nas mais variadas áreas do conhecimento.
Esta coletânea é sinônimo de cumplicidade. Todos os autores que aqui escrevem pertencem à nossa teia de relações. São colegas, amigos, professores, pesquisadores… comprometidos com o ,cuidado de si‛ (Foucault) e com o ,amor mundi‛ (Arendt), eis o motivo de terem dedicado o seu tempo, a sua escrita, as suas leituras e o compromisso de percorrer novos caminhos com atenção e intensidade.
Por isso, em nome dos organizadores, gostaria de agradecer de verdade a cada autor (a) pela confiança, cumplicidade e decisão de entregar-se a um exercício estranho, exigente e necessário: escrever.
Que a possibilidade de escrever, essa experiência em palavras, tenha permitido a cada autor (a) liberar-se de certas verdades, de modo a deixar de ser aquilo que se é para se tornar outra coisa, diferentemente daquilo que vimos sendo.
Assumimos nesta coletânea um gesto considerado milenar: o
‚dar a ler‛ (Larrosa). É este gesto que permite exercitar-se no
humano, que permite a continuidade e durabilidade do mundo
comum, que alimenta as nossas esperanças por dias melhores.
Desejo aos leitores desta coletânea de textos, afastamento,
tempo, dedicação, silêncio, disciplina e pensamento, para que possam na leitura, percorrer caminhos que ajudem a produzir
novas formas de pensar e ser.
Por fim, faço votos de que a força do pensamento não nos
abandone, que sejamos capazes de nos manter firmes, de
lembrarmos que estamos vivos, principalmente, nestes tempos de ignorância militante, de hábeis polegares e escassa memória. É isso que eu chamo de resistência.
Boa leitura!
Jenerton Arlan Schütz
Primavera de 2018